Caso de insider trading pode abrir Pandoras Box em mercados forex
Ben Butler e Georgia Wilkins - 17 de maio de 2014
A transparência do mercado forex poderia mudar sob as regras que estão sendo introduzidas pela Australian Securities and Investments Commission.
É o crime onde ninguém tem certeza se eles são ou não a vítima.
Alguém - provavelmente um dos bancos que cobrem o mercado de câmbio de varejo secreto - deve ter estado no lado errado de uma série de notórios negócios de insiders alegadamente perpetrados por um par de amigos universitários australianos de 20 anos.
Mas, uma semana depois de Lukas Kamay, 26 anos, e seu companheiro, Christopher Hill, funcionário do Escritório Australiano de Estatística da Austrália, de 24 anos, terem sido acusados de delitos que poderiam vê-los encarcerados por 10 anos, Para descobrir qual deles perdeu nos negócios multimilionários.
Ou isso, ou eles simplesmente não estão dizendo. A maioria da sopa do alfabeto dos bancos touted como fornecedores da liquidez pelos dois corretores do forex usados por Kamay, Pepperstone financeiro e AxiTrader, declinado comentar. No entanto, acredita-se uma equipe jurídica do BNP Paribas ainda está investigando se ele foi exposto a um dos comércios.
A ambigüidade em torno de quem perdeu para fora é talvez a ser esperado em uma indústria que, apesar de seu tamanho vasto e marketing brilhante que visa investidores de varejo, opera em grande parte fora do foco regulatório e da mídia.
Todos os dias, cerca de US $ 4,5 trilhões churns através do mercado forex global - que, ao contrário do sharemarket, opera 24 horas por dia. E a Austrália é uma parte chave deste circo global, perfurando acima de seu peso devido à força de sua economia e à rendibilidade elevada disponível aos investors.
O dólar ocupa o quinto lugar na lista das moedas mais negociadas eo dólar australiano é o quarto mais vendido no mundo, segundo o Reserve Bank.
É um comércio que tem sido uma armadilha para os incautos. No início dos anos 80, os agricultores desesperados por finanças mergulharam no mercado forex, ganhando empréstimos com juros baixos denominados em francos suíços.
Mas os empréstimos, essencialmente uma aposta no dólar australiano que permanecem fortes contra o franco, foram horrivelmente errados quando o dólar mergulhou em 1985 e 1986, custando alguns mutuários suas fazendas.
Os números da indústria dizem que o mercado de câmbio é secreto e não regulado por sua própria natureza, como a maioria das transações ocorrem em um over-the-counter, através de um corretor ou corretor, ao invés de uma central de câmbio. Isto significa que qualquer informação disponível para os reguladores e consumidores é limitada, particularmente em comparação com outros mercados, como o sharemarket, onde as empresas são obrigadas a divulgar informações aos investidores sob regras de divulgação contínua.
Complicando questões, o que a maioria dos clientes de varejo ver como forex não envolve realmente comprar e vender moeda estrangeira; É em vez disso uma aposta com o corretor quanto à direção na qual as moedas envolvidas se movem.
Esses corretores então hedge sua exposição aos negócios através dos grandes bancos que fornecem sua liquidez.
Uma fonte diz que o mercado de balcão, incluindo câmbio, foi "auto-regulado e sempre foi".
Outro foi mais fraco, dizendo que "eles são todos piratas no varejo".
Especialistas bancários enfatizaram a dificuldade em tentar regulamentar um mercado tão grande quanto o forex.
"Há trilhões de transações no mercado de câmbio a cada dia, então está além da capacidade de qualquer regulador individual", disse George Gilligan, pesquisador sênior da Faculdade de Direito da Universidade de Nova Gales do Sul.
"Se houver uma perda crônica de confiança nos mercados de capitais, você corre o risco de mergulhar no vórtice de outra crise financeira global".
Mas apesar dos riscos, o forex é extremamente popular com os comerciantes do dia que procuram uma emoção fresca longe dos mercados de equidade.
E com a maioria dos grandes corretores oferecendo um aplicativo de telefone celular, os comerciantes podem ganhar ou perder enquanto no cabeleireiro ou à espera do ônibus.
De acordo com documentos arquivados com o tribunal, Kamay fez exatamente isso, usando seu iPhone para apostar em movimentos do dólar australiano momentos antes do ABS lançar estatísticas econômicas-chave.
A polícia federal alega que as 23 operações compensaram Kamay quase US $ 7 milhões - tornando-o um dos maiores casos de insider trading na história australiana.
As brigas de informação privilegiada deram ao mercado forex mais atenção, mesmo que não seja o tipo de atenção que a indústria estava buscando.
Antes das dramáticas prisões, Pepperstone tinha reunido algumas manchetes de mídia financeira como um potencial flutuante na Bolsa de Valores da Austrália, enquanto os telespectadores da Sky News podiam ocasionalmente ter visto anúncios de um grupo do Reino Unido chamado Knowledge to Action, que spruiks cursos de treinamento projetados para transformar clientes Em forex comerciantes de armas.
O site do Knowledge to Action possui muitos de seus fundadores, Greg Secker, um multimilionário de 20 anos e histórias de sucesso dos graduados de seus cursos - incluindo um vídeo do Youtube de um "dia de sucesso de trader" filmado em um Iate no porto de Sydney.
No entanto, um porta-voz do Knowledge to Action disse que o forex não era uma maneira de ficar rico rapidamente.
"O cara que acha que vai pilotar um helicóptero em três meses depois de pagar US $ 5000 para fazer um curso não é nosso candidato ideal", disse ele.
Enquanto isso, o corretor Halifax Investment Services se promove usando um "embaixador" de celebridades, o ex-piloto de críquete Mark Tubby Taylor.
De acordo com Taylor, que também anuncia condicionadores de ar de Fujitsu, Halifax é consideravelmente a coisa a mais grande desde o pão cortado.
"Eles apenas me oferecem a melhor solução para gerenciar meus investimentos", diz Taylor em um vídeo promocional no site de Halifax.
Parece que o regulador norte-americano responsável pelos mercados de câmbio, a Commodity Futures Trading Commission, discorda.
No mês passado, depois de ter sido levado ao Tribunal Federal dos EUA pela comissão, Halifax concordou com uma medida cautelar permanente proibindo-a de aceitar clientes americanos.
Após a crise financeira global, os EUA trouxeram estritas novas leis reprimindo a venda de produtos financeiros exóticos para investidores comuns de mamãe e papai.
Enquanto os comerciantes de câmbio de varejo ainda são autorizados a operar, desde setembro de 2010 eles foram obrigados a se registrar com a comissão e cumprir com novas regras, incluindo a detenção US $ US20 milhões em capital líquido.
A comissão alegou que, porque Halifax permitiu residentes dos EUA para solicitar uma conta, foi em violação das regras.
Halifax disse que estava feliz com o resultado porque não admitiu qualquer irregularidade e, em qualquer caso, recentemente comprou uma empresa dos EUA através da qual poderia legalmente fazer negócios com os americanos.
Não é o único provedor australiano de forex de varejo apanhado na repressão da comissão.
Enfinium, que opera como Vantage FX, foi arrastada pelos tribunais norte-americanos em 2011 por supostamente oferecer para contratar clientes de varejo - inclusive aqueles com renda anual de menos de US $ 15.000.
Em fevereiro de 2012, também concordou com uma medida cautelar contra a assinatura de clientes dos EUA, e pagou à comissão uma penalidade de US $ 80.000.
Halifax também enfrentou problemas com seu regulador local, a Australian Securities and Investments Commission, que em abril do ano passado levantou preocupações de uma lista de problemas no corretor, incluindo a supervisão inadequada do pessoal, relatórios de violação inadequada e deficiências no tratamento de reclamações.
Sob uma empresa executória com a ASIC, a Halifax concordou em contratar um consultor independente para revisar seus procedimentos de gerenciamento de riscos e avaliar a competência de seu pessoal.
Mas a regulamentação nos EUA parece mais difícil do que na Austrália, onde as casas de varejo forex são obrigados a ter ativos tangíveis líquidos de 10 por cento de sua receita média, metade dos quais deve ser em dinheiro.
Parece improvável que um dos provedores de forex Kamay usado para realizar seus negócios de insider alegada, AxiTrader, iria cumprir os padrões estritos dos EUA. De acordo com suas últimas contas financeiras, em 30 de junho do ano passado, AxiCorp Financial Services, que negocia como AxiTrader, tinha capital líquido - ativos menos passivos - de cerca de US $ 6,13 milhões.
Os clientes também são avisados de que o AxiTrader pode usar o dinheiro do cliente para "cobrir nossa exposição a você ... ou proteger nossa exposição a outros clientes".
'' Seu dinheiro pode ser misturado em uma ou mais contas fiduciárias com os dinheiros de nossos outros clientes '', diz AxiTrader em sua declaração de divulgação do produto.
"Se houver um déficit nas contas fiduciárias segregadas e no caso improvável de que sejamos insolventes antes do preenchimento das contas fiduciárias segregadas em déficit, você será um credor não garantido em relação ao saldo dos fundos que lhe são devidos - benzóico.
Isso é contrário aos padrões estabelecidos pelo Australian CFD Forum, que representa os grandes contratos para os provedores de diferenças, e diz que os provedores devem manter o dinheiro do cliente em contas bancárias completamente separadas.
A AxiTrader, que também fornece CFDs, opôs-se ao padrão, que foi aprovado pelo regulador de competição na quinta-feira.
Em uma apresentação à Comissão Australiana de Concorrência e Consumidores, disse que o movimento foi motivado pelo "interesse próprio" dos grandes grupos CFD.
Business Day perseguido AxiTrader toda a semana em uma tentativa de descobrir o que tinha acontecido no caso Kamay e se as trocas supostamente dodgy colocar outros clientes em risco.
Chamadas para a empresa e e-mails para seu chefe de comércio, Emanuel Georgouras, foi sem resposta até tarde na tarde de quinta-feira, quando um homem que se recusou a dar o seu nome telefonou para dizer uma declaração de AxiTrader estava a caminho.
Nele, o diretor de risco da AxiCorp, Justin Friemann, disse que as "práticas de gerenciamento de riscos da empresa foram rigorosamente aplicadas durante o período relevante e que todas as operações relevantes foram totalmente cobertas".
"Como resultado, a AxiCorp não foi exposta aos movimentos do mercado. A AxiCorp está sujeita a requisitos de liquidez nas condições de sua Licença Australiana de Serviços Financeiros e, em nenhuma fase, essas condições estavam em risco.
AxiTrader '' pode confirmar que, após avaliações internas de uma série de negócios, AxiCorp relatou atividade suspeita para a Polícia Federal Australiana, AUSTRAC e [ASIC] ", disse ele. "Após a elaboração desses relatórios, a AxiCorp prestou assistência e apoio, conforme solicitado pelas autoridades investigadoras".
A transparência do mercado forex poderia mudar sob novas regras sendo introduzidas pela ASIC. Isso exigirá que as instituições informem as autoridades competentes e o público sobre a negociação de derivativos.
No mês passado, a segunda fase das regras foi introduzida, exigindo que as entidades financeiras com $ 50 bilhões nocionalmente pendentes para divulgar informações ao regulador. A última fase será lançada em outubro, exigindo que entidades menores se comprometam com os padrões.
O G20 também se moveu para melhorar a integridade do mercado de câmbio, com seu spin-off, o Conselho de Estabilidade Financeira, anunciando em fevereiro a sua intenção de rever a fixação de benchmarks de câmbio. A revisão é presidida pelo governador assistente do Banco da Reserva, Guy Debelle, e relatará suas descobertas na reunião do G20 em Brisbane, em novembro.
David Lynch, diretor executivo da Australian Financial Markets Association, congratulou-se com os esforços para melhorar a transparência.
"É um fórum apropriado para lidar com essas questões, dada a natureza global do mercado", diz ele.
E o regulador corporativo está atualmente investigando a manipulação potencial de benchmarks de câmbio na Austrália, seguindo ação similar por autoridades no exterior.
Os reguladores têm-se centrado na manipulação potencial de referências relacionadas com o euro, dólar dos EUA e australiano.
ASIC anunciou a sonda em março, mas não especificou o foco de seus inquéritos ou quais os bancos seriam alvo. No entanto, acredita-se que o regulador tem alargado o inquérito para ter em outra potencial má conduta no mercado forex.
A ASIC também criou grupos de trabalho para analisar o varejo de varejo on-line, especialmente os jogadores estrangeiros que possuem uma licença de serviços financeiros australianos e visam investidores locais.
Se os grandes bancos supostamente queimados por Kamay conseguem descobrir quais deles sofreram uma perda financeira, eles podem ser capazes de recuperar o dinheiro.
Juliette Overland, da escola de negócios da Universidade de Sydney, disse que tal ação seria possível sob a Lei de Sociedades Anônimas.
"Se isso acontecesse aqui, isso só aumentaria a gravidade das possíveis conseqüências para as partes neste caso", diz ela.
Overland diz que se o lucro total no caso for de US $ 7 milhões como alegado, seria a maior quantia jamais feita em um caso de insider trading australiano - muito maior do que os US $ 2664 que Rene Rivkin foi enviado para a prisão.
"Uma vez que o montante de dinheiro envolvido é considerado um fator significativo quando a condenação está ocorrendo, isso poderia ser esperado para influenciar a gravidade de qualquer sentença imposta, se o comerciante é finalmente considerado culpado de insider trading", diz ela.
Seja qual for o resultado para Kamay e Hill, parece que os dias do mercado forex nas sombras podem estar chegando ao fim.
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